quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Kuarup: O ritual xinguano de despedida dos Mortos

Kuarup é uma madeira que dá nome a um ritual indígena, cujo significado para os índios é a despedida dos mortos e encerramento do período de luto. O ritual tem origem no mito sobre a tentativa do Pajé Mavutsinim de ressuscitar seis pessoas mortas.




Os povos indígenas do Xingu se despedem de seus mortos celebrando o Kuarup, um alegre ritual de encerramento do luto. “Os mortos não gostam de ver os vivos tristes”, acreditam. Por essa razão, fazem uma festa exuberante, onde os “kuarup”, que são troncos de madeira decorados, representam o espírito dos mortos.
Diz a lenda que o Kuarup começou quando o Pajé Mavutsinim preparou seis troncos para trazer de volta à vida seis pessoas que tinham morrido em sua aldeia. Depois de avisar que quem tivesse relações sexuais não deveria sair de suas malocas, o pajé começou, com sucesso, o ritual da ressurreição.
Tudo ia bem até que um índio que estava namorando desobedeceu ao aviso e se aproximou do pajé. Naquele momento, os troncos pararam de se mexer. Muito triste, o pajé disse que dali por diante os Kuarup serviriam apenas para reverenciar os espíritos dos mortos. Desde então, por tempos imemoriais, o ritual é celebrado para agradecer pela convivência nesta vida e liberar os mortos para viverem em outro mundo.
Entre os Kuikuro, povo indígena que vive na região do Rio Kuluene, no Parque Nacional do Xingu, a cerimônia de dois dias é realizada sempre em noites de lua cheia, no mês de maio de cada ano, com a evocação dos espíritos por seus parentes e pelos povos amigos, por meio de danças, cânticos, rezas e momentos de lamentações, quando os índios choram pela última vez a partida de seus entes queridos.
A cerimônia começa na noite anterior, quando os troncos de madeira – um para cada pessoa encantada – são trazidos da floresta e colocados em linha reta no centro da aldeia pelos homens. Começam, então, a serem recortados em forma humana, pintados com faixas amarelas e vermelhas, e ornamentados com os principais objetos do morto.
Depois de preparar os Kuarup, os homens vão até as malocas e buscam as mulheres e as crianças. Em silêncio, as mulheres se aproximam dos “Kuarup” e, em voz baixa, quase sussurrando, expressam gratidão a seus mortos presenteando-os com braceletes, cocares e belas peças de plumagem.
Chegada a noite, os homens, com seus corpos pintados e ornamentados, fazem a belíssima dança do fogo. Carregando archotes de palha em fogo, os homens cantam canções míticas e dançam a passos cadenciados ao som dos maracás, até a chamada do pajé, que evoca Tupã, implorando pela ressurreição dos mortos.
A dança dos homens termina no momento em que a lua cheia alcança seu máximo esplendor. Os homens então se dispersam em pequenos grupos e só o pajé, acompanhado pelas mulheres, continua entoando cânticos até o dia amanhecer. O nascer do sol traz, nos cânticos do pajé, de volta à vida os encantados.
Começa, então, a dança da vida. Cada “atleta” da aldeia traz no ombro uma longa vara verdejante, significando a vida das últimas crianças que nasceram na comunidade. Em um grande círculo, formado ao redor dos “Kuarup”, os “atletas” reverenciam os espíritos, agradecem pelos nascimentos, e em seguida se dispersam e se juntam às suas famílias, ou clãs.


Terminada a homenagem às novas vidas, os clãs da aldeia e os grupos convidados começam uma luta parecida com uma luta romana a que chamam “Uka-Uka”. Depois, em procissão e em festa, levam os “Kuarup” até o rio e encerram a cerimônia entregando-os às águas, para que possam ser levados para a vida em outro mundo.
Assim se resumem os vários relatos do Kuarup, contados por indígenas e não indígenas.


segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Município de Uiramutã​​-RR

Localizado na fronteira com a Venezuela e a Guiana, o município de Uiramutã, a nordeste de Roraima, é o mais setentrional do Brasil. O lugar possui belezas naturais exuberantes e quase intactas, o que torna a visita a região uma aventura única e cheia de descobertas.
Segundo o Censo 2010, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), 88,1% da população de Uiramutã, formada por 8.375 habitantes, se declarou indígena. É o município com a maior proporção da população indígena no país e concentra o maior número de indígenas de Roraima.

Uiramutã inclui em seu território o Monte Caburaí, de 1.456 m de altitude, o ponto mais setentrional do país. O Monte Roraima, também localizado no município, é um dos picos mais altos do Brasil. O monte fica no ponto tríplice com a Guiana e a Venezuela.


A sede do município fica distante 310 km de Boa Vista. O caminho é a maior parte em estrada de terra. Apenas os primeiros 160 km são percorridos pela BR-174 Norte. Para quem segue na rodovia sentido o município de Pacaraima, a entrada para o lugar fica a direita. Veículos altos são a melhor opção. A viagem dura em média seis horas.
Até o destino final, a paisagem é surpreendente. O município está a 840 metros de altitude, por isso boa parte do caminho é íngreme. A vastidão de terras pode ser contemplada no decorrer da viagem. As serras e vales, entrecortadas pelos rios Maú, Cotingo, Canã e Ailã, formam cenários naturais deslumbrantes.


As cachoeiras atraem a maioria dos visitantes. Existem diversas quedas espalhadas pela região, mas as que são abertas aos turistas são a Cachoeira do Urucá e as Corredeiras do Paiuá. Ambas ficam distantes da sede de Uiramutã cerca de 8km e 6km, respectivamente. Chega-se de carro até bem perto das duas.
Caminhar pelas trilhas abertas nas serras e descer penhascos para seguir até a Cachoeira de Urucá é uma aventura a parte. Apesar do pouco tempo de caminhada, é necessário resistência. O caminho é íngrime e cheio de pedras.
Ao final, o cansaço do trajeto é recompensado pelo contato com o que se assemelha a uma piscina, só que natural. A água é límpida, verde e gelada. O lugar é paradisíaco. Mesmo sem chuvas, a queda d'água é forte e requer atenção dos que se aventuram a mergulhar.
No lugar existe ainda as comentadas Cachoeiras da Andorinha e Tamanduá e o Vale dos Cristais. Só que o acesso para essas e demais quedas e pontos turísticos de Uiramutã só é permitido mediante autorização por estarem dentro da área indígena.
A temperatura média no município é 26ºC. O clima do tipo tropical chuvoso é mais agradável durante a noite. Para repouso, a sede de Uiramutã dispõe de pousadas com ar-refrigerado, televisão e camas de casal e solteiro. Nos restaurantes espalhados pela cidade, comida caseira a preços razoáveis pode ser encontrada.


domingo, 10 de julho de 2016

Gran Sabana


É também conhecido como Guianan savana, é uma região no sudeste da Venezuela .
O cerrado se espalha para as regiões das Highlands Guiana e Sudeste no Estado Bolívar , estendendo-se para além das fronteiras com Brasil e Guiana . [1] A Gran Sabana tem uma área de 10.820 km 2 (4,180 sq mi) e faz parte da o segundo maior parque nacional na Venezuela, o Parque Nacional Canaima . Apenas Parque Nacional Parima Tapirapecó é maior do que Canaima. A temperatura média é de cerca de 20 ° C (68 ° F), durante a noite, mas pode cair para 13 ° C (55 ° F) e em alguns dos locais mais elevadas, dependendo do tempo, pode cair um pouco mais.
O local oferece uma das paisagens mais incomuns do mundo, com rios, cachoeiras e desfiladeiros, vales profundos e grandes, selvas impenetráveis e savanas que hospedam um grande número e variedades de espécies de plantas, uma fauna diversa e os isolados de mesa mesas localmente conhecido como tepuis



Cataratas Yumbilla, a segunda mais alta da Amazônia, 896 metros.


Vale ressalta que é a quinta mais alta do mundo. Localizada em região remota do PERU.
A Catarata Yumbilla é a quinta mais alta queda de água do mundo, com 895 metros de altura. Fica no distrito de Cuispes, provincia de Bongará, departamento de Amazonas, no nordeste do Peru. A queda de água tem quatro a cinco quedas distintas, e é feita em quatro níveis





El Parque Nacional Canaima Amazônia Venezuela.





domingo, 31 de maio de 2015

Os Peixes Gigantes da Amazônia



                                                                     

                               Pirarucu (Arapaima gigas)


                                                  Restrito à Bacia Amazônica, Tocantins e Araguaia, nos territórios de Mato Grosso e Goiás. É um dos maiores peixes de água doce fluviais e lacustres do Brasil. Pode atingir dois metros e meio e seu peso pode ir até 80 Kg. Deposita as ovas no fundo dos lagos ou no leito do rio de águas remansosas. É o peixe de maior valor econômico e alimentício existente na Amazônia.








sábado, 30 de maio de 2015

A Cachoeira da Porteira

   

A Cachoeira da Porteira está localizada no Km 13 da AM 240, estrada que liga Presidente Figueiredo à Vila de Balbina.


No local você pode aproveitar duas quedas d'água, além de poder descansar em uma das várias piscinas naturais que se formam. Um espetáculo à parte são as pedras existentes no local, que tem várias ranhuras em um único sentido, demonstrando como a água, em um passado muito distante, tinha um percurso bem diferente do atual.


O local não oferece nenhum tipo de infraestrutura para turistas, apenas sua beleza natural repleta de rochas e permite a prática de acampamento para pernoite.


                  
                           



                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                












A Lagoa Azul de Presidente Figueiredo-AM


A Lagoa Azul é um local único em Presidente Figueiredo, pois as suas águas possuem uma coloração bem diferente do tom de "chá mate" dos demais rios e cachoeiras do município. A sua coloração azul é mais intensa no período das chuvas, entre janeiro e junho. 

Como chegar 

Ponto de partida Barreira Rodoviária Estadual AM-010 K m 17
Depois segue pela BR-174 do km 1 até o km 120

BR 174 km 85


                                                 BR-174 km 107- Cidade de Presidente Figueiredo


                                                Depois de percorrer pela BR 174 chega-se até o km 120, e depois a viagem toma um outro rumo com o acesso através do ramal Boa Esperança por  8km, segue a imagem abaixo






sábado, 1 de novembro de 2014

Cerro Autana

Cerro Autana



O euwabey Autana ou árvore da vida no dialeto montanha Piaroa é um tepui , que está localizado no estado da Venezuela noAmazonas em Venezuela , perto da fronteira com a Colômbia . Parte do Escudo das Guianas . Quanto à sua altura, algumas fontes dizem que atinge 1.250 metros, em outros, diz-se que cerca de 1300 m na Wikipédia, por exemplo, indica 1.220 metros.Para o Piaroas indígena uma montanha sagrada (conhecida como a Árvore da Vida). Na imagem, o Autana é o monte mais alto nas paredes verticais à direita.



Embora composto de camadas quase horizontal de arenito , Autana contém cavernas e outras formações cársticas , que são raras em outras rochas de calcário . A razão para estas formações encontra-se no facto de que o grão foi cimentada com certas proporções de calcário e as partes onde maior parte do mineral (carbonato de cálcio) foi provado ser esvaziados pela dissolução da mesma, deixando de estar interligados e as cavernas muito grande, com um teto abobadado que tem cores diferentes para a composição diferente dos minerais que se formam. A sala abobadada tem duas aberturas desiguais furar o lado do morro para o outro e se inclinar para fora como uma espécie de varanda para as paredes verticais da montanha, que é mais de 1,5 km acima do nível da floresta


Embora composto de camadas quase horizontal de arenito , Autana contém cavernas e outras formações cársticas , que são raras em outras rochas de calcário . A razão para estas formações encontra-se no facto de que o grão foi cimentada com certas proporções de calcário e as partes onde maior parte do mineral (carbonato de cálcio) foi provado ser esvaziados pela dissolução da mesma, deixando de estar interligados e as cavernas muito grande, com um teto abobadado que tem cores diferentes para a composição diferente dos minerais que se formam. A sala abobadada tem duas aberturas desiguais furar o lado do morro para o outro e se inclinar para fora como uma espécie de varanda para as paredes verticais da montanha, que é mais de 1,5 km acima do nível da floresta. Embora uma destas aberturas, embora alargado, é tão pequena que não se distingue a partir de baixo, serviu para o tampão. (AC) Jaime "Jimmy" Marull um ultraleve atravessá-lo de ponta a ponta em uma manobra tão arriscada que parece ter sido repetida em outras ocasiões. A aeronave ultraleve vôo que foi filmado em película em série Expeditionvenezuelano é explicado e fotografado em um trabalho seminal sobre este monumento natural direito Autana. Montanha Sagrada publicada em 1988 ( )









Este tepui Autana foi declarado Monumento Natural em 1978 , incluindo não só a colina, mas parte do Rio Autana e Lake Leopold .
A colina Autana é conhecido internacionalmente como um lugar para subir na rocha. Também houve BASE saltar do topo





sexta-feira, 31 de outubro de 2014


O Misterioso Lago Negro

Lago Negro na Serra de Autana, (Cerro de Autana)




12,8 milhas N de Autana e no topo de uma colina visto do Cerro Sipapo ou Paraque (Venezuela), está situado um lago estranho que não tem qualquer rio que possa alimentá-lo, não mostrando nenhum lugar drenagem e olha misteriosamente trancada em uma cratera que muitos acreditavam que era vulcânica. 



Mas este recipiente de água 242 metros de diâmetro e 33 de profundidade localizado 365 m acima do nível do mar, é aberta no meio de uma rocha sedimentar, como tepuis, a caldeira aparente corresponde a um enorme abismo de afundar.